Esta semana celebrámos o Dia da Liberdade.
Através da história “O tesouro” de António Pina ficámos a conhecer a vida dos portugueses antes do 25 de abril de 1974.
Ficámos a saber quais foram as senhas utilizados pelos oficiais.
“A revolução foi planeada pelos oficiais intermédios da hierarquia militar, que ficaram conhecidos como “Capitães de Abril”, sem o conhecimento dos seus superiores e, por isso, não puderam usar os meios normais de comunicação. Ficou então decidido que o sinal ou senha para os militares saírem dos quartéis e avançar para Lisboa onde estava situada a sede do governo português seria a transmissão de duas canções numa determinada sequência e de acordo com instruções precisas, através do órgão de comunicação social de maior difusão a nível nacional: a rádio.
Cinco minutos antes das 23 horas do dia 24 de abril a Rádio Alfabeta dos Emissores Associados de Lisboa põe no ar a música vencedora desse ano do Festival da Canção “E depois do adeus” de Paulo de Carvalho e às 24h20m, a emissora de rádio de difusão nacional, Rádio Renascença, passa a canção “Grândola, vila morena” da autoria de José Afonso, antecedida pela leitura da sua primeira quadra. Estava confirmado o início da revolução e dada a luz verde para os militares que aderiram ao Movimento das Forças Armadas (MFA), e esperavam em diferentes quartéis do país, avançarem para Lisboa, onde se localizava a sede do governo português.
Conscientes da importância de manter o país informado sobre o que se estava a passar, os militares ocuparam as instalações do Rádio Clube Português e às 4h26m do dia 25 o locutor de serviço, Joaquim Furtado, lê o primeiro comunicado do MFA.”
Vieira da Silva 1984